Chamada para seleção de candidato a doutorado – Grupo de Síntese em Ecologia e Sustentabilidade da Mata Atlântica (SES-MA)

Chamada para seleção de candidato a doutorado – Grupo de Síntese em Ecologia e Sustentabilidade da Mata Atlântica (SES-MA)

O Gupo SES-MA possui como missão desenvolver estudos de síntese em ecologia e sustentabilidade no bioma Mata Atlântica, de forma a embasar a tomada de decisão e o desenvolvimento de políticas públicas ambientais voltadas para o manejo de paisagens e a conservação da biodiversidade. O SES-MA tem por objetivo testar hipóteses e responder questões-chave em ecologia e sustentabilidade, utilizando uma extensa base de dados empíricos coletados no bioma Mata Atlântica. Essa base de dados contém informações sobre riqueza e/ou abundância de espécies em paisagens ao longo da Mata Atlântica. Até o momento, a base de dados possui informações de mais de 2.000 sítios amostrais, referentes a diferentes grupos taxonômicos, incluindo plantas, invertebrados e vertebrados. O SES-MA fica abrigado no Centro de Ciência da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio/PUC-RJ) e é coordenado pelos pesquisadores: Jayme Prevedello (UERJ), Mauricio de Almeida Gomes (UFMS), Renato Crouzeilles (IIS/CSRio/UFRJ) e Thomas Püttker (UNIFESP). Fazem parte do comitê científico pesquisadores de diferentes Universidades e Instituições do Brasil e do exterior, sendo eles: Bernardo Strassburg (IIS/CSRio/PUC-RJ), Carlos Fonseca (UFRN), Cristina Banks-Leite (Imperial College – Londres), Jean Paul Metzger (USP), Marcelo Tabarelli (UFPE), Marcus Vinicius Vieira (UFRJ), Pedro Brancalion (ESALQ-USP) e Renata Pardini (USP). Além disso, fazem parte da equipe diversos pesquisadores que disponibilizaram os dados empíricos. O intuito dessa chamada é selecionar UM candidato para prestar a seleção de doutorado em uma das Universidades na qual os pesquisadores acima estão cadastrados. A preferência, no entanto, é que o candidato preste a seleção de doutorado na UERJ, UFMS ou UFRJ, sob orientação dos Drs. Jayme Prevedello, Mauricio de Almeida Gomes, ou Renato Crouzeilles, respectivamente. É importante destacar que o aluno selecionado nessa chamada NÃO terá bolsa imediatamente; ele terá que prestar a seleção na Universidade escolhida e concorrer às bolsas disponibilizadas pelas agências de fomento para tal Universidade. Tendo em vista à amplitude da base de dados e participação de pesquisadores extremamente renomados no SES-MA, acreditamos que o doutorado a ser realizado resulte em pesquisas de alta qualidade e relevância científica. Requisitos para candidatura: – Currículo Lattes atualizado; – Carta de intenção contendo: i) breve apresentação do histórico acadêmico/profissional do candidato; ii) justificativas da adequação do candidato à proposta, considerando os critérios de seleção (listados abaixo); iii) a motivação do candidato (porque você gostaria de concorrer a vaga) iv) proposição de três perguntas ou hipóteses a serem testadas com a base de dados do SES-MA, incluindo sua contextualização teórica e/ou aplicada (máximo 1 página para esse quesito). Critérios de seleção: – Currículo – Forte base ecológica – Habilidades em SIG – Habilidades em R – Habilidades em estatística – Proficiência em inglês (leitura e escrita) – Preferência por realizar o doutorado na UFMS, UERJ ou UFRJ – Justificativas descritas na carta de intenção – Sugestão de perguntas/hipótese com contextualização teórico e/ou aplicada Cronograma: – Prazo de submissão das candidaturas: 04 de agosto de 2017; 12:00 horário de Brasília – Envio da candidatura para o e mail contato@csrio.org com o título – Chamada para seleção de candidato a doutorado SES-MA – Data do resultado: divulgada após o fechamento das inscrições – Seleção de Doutorado: UFRJ e UERJ – normalmente no final de novembro; UFMS – fluxo contínuo, mas dependente da disponibilidade de bolsa; demais instituições: a ser verificado.

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Combinação de políticas pode evitar extinções de proporções históricas projetadas para o Cerrado, mostra estudo coordenado por brasileiros, publicado na Nature Ecology and Evolution

Combinação de políticas pode evitar extinções de proporções históricas projetadas para o Cerrado, mostra estudo coordenado por brasileiros, publicado na Nature Ecology and Evolution

Brasil pode perder até 1140 espécies se seguir com o modelo atual O avanço do desmatamento no Cerrado poderá resultar na extinção de 1140 espécies de plantas nos próximos 30 anos, um número oito vezes superior a todas as espécies de plantas registradas como extintas desde 1500 em todo o mundo, mostra um estudo internacional coordenador por brasileiros publicados nesta quinta-feira, 23, na Nature Ecology and Evolution. Por outro lado, os autores demonstram que este quadro é evitável sem prejudicar a agricultura, e apontam para uma série de políticas públicas e privadas já em implementação ou desenvolvimento que, caso coordenadas e com foco neste objetivo, poderiam evitar o quadro de extinções projetado. Segundo Bernardo Strassburg, coordenador do estudo, Diretor Executivo do Instituto Internacional para a Sustentabilidade e Coordenador do Centro de Ciências para a Conservação e Sustentabilidade do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio, o Cerrado já perdeu praticamente metade de sua área, mas ainda reúne 4600 espécies de plantas que não existem em nenhum outro local do planeta. Se o ritmo do desmatamento continuar, daqui a 30 anos, o Cerrado ficará ainda menor, perdendo mais um terço do tamanho atual, em consequência do desmatamento para a expansão da soja, cana de açúcar e pastagens. Nos últimos anos, o Cerrado já perdeu 88 milhões de hectares, 46% de sua cobertura nativa. Entre 2002 e 2011, as taxas de desmatamento na região (1% ao ano) foram 2,5 vezes mais altas do que na Amazônia. “O Cerrado brasileiro abriga uma coleção enorme de espécies únicas no mundo, que é a base deste bioma tão fundamental para a economia, segurança hídrica e energética do país. O que identificamos é que a progressão do desmatamento levará a um quadro de extinções de espécies de plantas em escala jamais registrada no mundo. Este quadro, irreversível e lamentável por si só por razões morais, teria impactos graves para a manutenção deste ecossistema fundamental para a economia e a sociedade brasileira”, diz ele. É justamente na combinação de políticas públicas e privadas que reside o potencial maior para evitar o colapso do Cerrado. Os autores selecionam oito grandes áreas e políticas estratégicas já em implantação ou desenvolvimento pelo Ministério do Meio Ambiente e outros atores que, caso implementadas, financiadas apropriadamente e executadas com um foco também em evitar as extinções do cerrado, poderiam promover a conciliação entre a produção e a conservação. É o caso, por exemplo, da Moratória da Soja, uma história de sucesso na Amazônia, onde praticamente eliminou a conversão direta de floresta para a soja. Caso fosse estendida ao Cerrado, como defendido publicamente pelo Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, seria um gigantesco passo para assegurar um futuro sustentável para a região. A demarcação de áreas protegidas, financiamento para conservação (inclusive relacionados às mudanças climáticas) e um foco em identificar áreas prioritárias para a conservação, restauração e expansão agrícola são outras medidas essenciais. “Não é preciso reinventar a roda, as políticas necessárias já existem e foram usadas com sucesso na Amazônia no passado recente. O necessário agora é ter também como foco prioritário evitar este quadro preocupante. Há espaço suficiente para conciliar o aumento da produção agrícola e a conservação e restauração do que sobrou do Cerrado. Não é simples, mas com um esforço concentrado dos atores públicos e privados envolvidos, e a pressão adequada da sociedade para que as políticas tenham o apoio e o financiamento necessários, o Brasil pode reverter um gigantesco desastre em uma grande história de sucesso”, explica Strassburg. A baixa proteção formal – menos de 10% do Cerrado é coberto por Unidades de Conservação – e alta aptidão agrícola colocam os remanescentes de cerrado como a grande fronteira de expansão do agronegócio. Aliado a isso, a região ainda atrai poucos investimentos diretos em conservação, embora seja fundamental para os recursos hídricos e até para as metas nacionais e internacionais de combate as mudanças climáticas: o desmatamento projetado levaria a emissão de 8,5 bilhões de toneladas de CO2, o equivalente a duas vezes e meia tudo o que o Brasil deixou de emitir com a grande queda do desmatamento da Amazônia entre 2005 e 2013. “Esses números colocariam em risco a reputação internacional do Brasil como líder em economia verde ou desenvolvimento sustentável. Colocaria também o agronegócio brasileiro como responsável por uma das maiores tragédias já registradas para a biodiversidade mundial, justamente em um momento onde os principais mercados consumidores estão construindo metas de exclusão de cadeias associados ao desmatamento e degradação ambiental”, complementa Strassburg. Os pesquisadores mostram que é possível conciliar todo o aumento previsto de soja, cana e pecuária em áreas já desmatadas, e ainda liberar áreas para a recuperação da vegetação nativa exigida no código florestal. Aumentando a produtividade das áreas já dedicadas a pecuária de 35% para 61% de seu potencial sustentável, seria possível encaixar os mais de 15 milhões de hectares de expansão de soja e cana e ainda 6,4 milhões de hectares para a recuperação da vegetação nativa. “A chave para destravar um future sustentável para o Cerrado está no potencial para aumentar a taxa de lotação das pastagens, abrindo espaço para a expansão prevista de culturas agrícolas e ao mesmo tempo poupando e restaurando ambientes naturais para a notável biodiversidade da região. Com um apoio político robusto, este desastre pode ser evitado”, diz o Professor Andrew Balmford da Universidade de Cambridge, e coautor do estudo. “O aumento da produtividade da pecuária pode ser feito através das técnicas que já existem como pastejo rotacional ou suplementação alimentar. Porem vários obstáculos, como escassez de mão de obra e aspectos financeiros, devem ser superados para acompanhar os produtores nessa transição” complementa Agnieszka Latawiec, Diretora Executiva do Instituto Internacional para Sustentabilidade e Coordenadora do Centro para Ciência de Conservação e Sustentabilidade da PUC-Rio. Esta recuperação da vegetação nativa tem papel fundamental para evitar o colapso: se for realizada em áreas prioritárias para a biodiversidade, poderiam evitar até 83% das extinções projetadas. “A nova Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, criada por decreto presidencial

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Falta de mão de obra é apontada como principal problema para adoção de boas práticas na pecuária – Estudo com 250 produtores de Mato Grosso foi conduzido pelo CSRio e IIS

Falta de mão de obra é apontada como principal problema para adoção de boas práticas na pecuária – Estudo com 250 produtores de Mato Grosso foi conduzido pelo CSRio e IIS

Estudo coordenado pela diretora do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), coordenadora do Centro de Ciências para Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) e professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Agnieszka Latawiec, e outros 10 especialistas das instituições colaboradoras do Brasil e do exterior, constatou que a escassez de mão de obra é o principal problema que afeta a adoção de boas práticas na pecuária, apontado por 36% dos 250 produtores consultados em Mato Grosso. Os altos custos da implementação das boas praticas foram apontados como segundo gargalo mais importante (de acordo com 18% dos produtores entrevistados) Segundo a pesquisa, mesmo que o crédito esteja teoricamente disponível, ele não é necessariamente acessível para o produtor devido a burocracia extrema. A deficiência no acesso a serviços de extensão técnica foi apontada pelos produtores como uma barreira significativa, além da questão da qualidade dessa assistência, pois 40% da assistência técnica é atualmente fornecida por fornecedores de fertilizantes e outros produtos químicos. O estudo, que gerou o artigo Melhorar a gestão da terra no Brasil: uma perspectiva dos produtores publicado na revista cientifica Agriculture, Ecosystems & Environment, também identificou que para a maioria dos entrevistados (60%) o principal benefício da adoção de boas práticas agropecuárias era o aumento da produtividade, seguido por aumento de renda (43%) e melhor manejo administrativo da fazenda (34%). De acordo com Agnieszka, este é o primeiro estudo a avaliar sistematicamente e quantitativamente as barreiras e as condições de adoção de boas práticas agropecuárias nas pastagens brasileiras levando em consideração opinião dos produtores, atores chaves envolvidos na implementação dessas práticas na Amazônia. “É absolutamente fundamental ouvir os produtores para chegarmos ao uso mais sustentável da terra no Brasil. Existem poucos estudos deste tipo, é necessário fazer a ponte com o produtor, de forma sistemática, quantificada e estatisticamente robusta, e trazer essa informação para os tomadores de decisão”, acrescentou. Ela acrescenta que o Brasil ainda pratica uma pecuária de relativamente baixa produtividade em relação com o potencial sustentável que tem, com impactos sociais e ambientais muito significativos como o desmatamento na área ambiental. “Hoje, a média de produtividade nas fazendas da região estudada é de, aproximadamente, uma cabeça por hectare. Para ser sustentável, o ideal seria, pelo menos, dobrar essa média. Em algumas áreas no Brasil esse número é ainda pior. E com isso, grandes áreas foram desmatadas para sustentar a pecuária extensiva” explicou Agnieszka. A adoção das boas práticas pode ajudar o produtor rural a melhorar a qualidade das pastagens e aumentar a produtividade (cabeças por hectare). Mas o estudo também aponta o possível efeito contrário dessa ‘intensificação sustentável’ – efeito rebote (‘rebound’). “É muito importante que qualquer intervenção na terra, como a intensificação, seja feita de uma forma sustentável e, no caso da intensificação, com aumento da produtividade controlada e complementada por políticas públicas de conservação, evitando a ocupação de novas terras e gerando menos desmatamento”, ressaltou Bernardo Strassburg, coautor do estudo e diretor do IIS. O estudo mostra ainda outras implicações, como os efeitos negativos da pecuária extensiva que degrada o ambiente, o solo e a água, e que pode ser ruim para os animais, além de poder ser associada com pobreza e desmatamento. “Portanto, os resultados publicados nesse estudo são cruciais. A falha em considerar a opinião do produtor vai continuar a contribuir para a perda da vegetação nativa e da degradação do meio ambiente e, pode fazer com que o quadro de pobreza entre a população rural persista”, finalizou Agnieszka.

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CSRio publica dois artigos no volume especial sobre regeneração natural da Revista Biotropica (volume 48, edição 6)

CSRio publica dois artigos no volume especial sobre regeneração natural da Revista Biotropica (volume 48, edição 6)

É com muita satisfação que o CSRio divulga a publicação de dois artigos, em parceria com pesquisadores renomados, no volume especial sobre regeneração natural da Revista Biotropica (volume 48, edição 6). Os artigos “Regeneração Natural e biodiversidade: meta-análise global e implicações para planejamento espacial” e “O papel da regeneração natural para provisão de serviços ecossistêmicos e disponibilidade de habitat: um estudo de caso na Mata Atlântica Brasileira” são gratuitos para leitura e download.

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Inauguração do CSRio

Inauguração do CSRio

No dia 15 de abril de 2016 o Centro de Ciências para Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) foi oficialmente lançado. O CSRio foi criado em 5 de novembro de 2015 pela Comissão Geral do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em parceria com o Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS). No lançamento estavam presentes a ex Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, o diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), o vice-reitor da PUC-Rio Josafá Carlos de Siqueira, os diretores do IIS e coordenadores do CSRio Bernardo Strassburg e Agnieszka Latawiec, a equipe do IIS, representantes de diferentes departamentos da PUC-Rio, entre outros.

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Projeto com Universidade Opole

Projeto com Universidade Opole

De acordo com os termos do projeto, nossos candidatos são elegíveis para uma bolsa de mobilidade para a Universidade de Opole por sete dias no segundo semestre do ano letivo de 2016/17. O candidato deve cumprir os seguintes requisitos: Conhecimento satisfatório de inglês (nível B2); Um campo de especialização comum a ambas as instituições. Os candidatos escolhidos receberão uma bolsa de estudos e despesas de viagem. Para aplicar, envie os seguintes documentos em inglês: CV; Fotocópia da primeira página do seu passaporte internacional; Uma referência do chefe de departamento; Uma carta de motivação (tamanho máximo – 1 página A4). Todos os documentos requeridos devem ser enviados através de cópia digitalizada em um arquivo PDF; tamanho máximo – 15MB). Informação sobre a Universidade de Opole: Http://erasmusplus.uni.opole.pl/show.php?id=85&lang=en&m=10 Critérios de seleção: A seleção dos palestrantes para o programa de mobilidade será de acordo com os seguintes critérios: – Perfil acadêmico – avaliação do CV (30%); – Conhecimento de línguas (30%); – Plano de Ensino / Estágio (30%); – Uma carta de apoio da Universidade anfitriã (10%). Será dada preferência aos palestrantes que desenvolveram cursos em língua estrangeira e manifestaram sua disponibilidade para ensinar estudantes estrangeiros no âmbito do programa de intercâmbio Erasmus + na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

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