Avaliação do sucesso da restauração através de indicadores de sustentabilidade: o caso da cidade do Rio de Janeiro
20/03/2017

O projeto teve como objetivo avaliar o sucesso da restauração em projetos realizados na cidade do Rio de Janeiro através do uso de indicadores de sustentabilidade (ecológicos, econômicos e sociais). Os parceiros do projeto são: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Columbia University, Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade do Rio de Janeiro (SMAC).

Considerando a complexidade dos fatores ecológicos, econômicos e sociais na área originalmente ocupada pela Mata Atlântica, a avaliação de iniciativas de restauração no bioma através de indicadores de sustentabilidade simboliza um importante passo para a consolidação de uma visão mais integrada da restauração. O uso de indicadores de sustentabilidade representa um grande potencial para avaliação de projetos de restauração em ecossistemas com elevada diversidade (e.g. Floresta Tropical) e estrutura social heterogênea, com elevados contrastes socioeconômicos (e.g. cidade do Rio de Janeiro).

Dentro do contexto regional, nacional e internacional de desmatamento e onde ambiciosas metas de restauração têm sido impostas, destaca-se, na cidade do Rio de Janeiro desde a década de 1980, o projeto “Mutirão de Reflorestamento”, coordenado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade do Rio de Janeiro (SMAC). Uma característica marcante do Mutirão de Reflorestamento, além da restauração de cerca de 3.000 hectares de floresta nativa, é o envolvimento com a comunidade e a geração de postos de trabalhos voluntários nas etapas de implantação e manutenção do projeto.

Dessa maneira, o sucesso do Mutirão de Reflorestamento pôde ser avaliado pela aceitação e envolvimento da comunidade local e suas percepções sobre os benefícios dos serviços ambientais providos pela restauração para o bem-estar humano. A partir disso, pode-se gerar uma conscientização sobre a importância de proteger e restaurar os ambientes naturais. A inclusão dos moradores locais em projetos de restauração em comunidades pode trazer benefícios como geração de renda, proximidade entre moradia e local de trabalho e percepção de benefícios ambientais providos pela restauração, como a melhoria da qualidade do ar. A integração com a comunidade estimula a continuação e desenvolvimento destes projetos, a partir do momento em que os próprios mutirantes passam a ser responsáveis pelos resultados alcançados, estimulando o resgate do sentimento de orgulho próprio e identidade local.

Considerar a participação dos moradores para avaliar projetos de restauração e outros de cunho ambiental, é uma das principais ferramentas para identificar e planejar ações focadas na melhoria do meio ambiente e do espaço para que os investimentos sejam adequados e possibilitem o sucesso e menor conflitos entre a comunidade e o poder público. Por isso a importância de levar em conta as recomendações propostas pelos participantes da pesquisa para a melhoria do projeto.

Estágio: encerrado.

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