3º Workshop “De volta às raízes: o valor que vem da terra”.

3º Workshop “De volta às raízes: o valor que vem da terra”.

Na semana passada foi realizado o 3º workshop “De volta para às raízes: o valor que vem da terra: desenvolvendo modelo conceitual de valoração dos serviços ecossistêmicos para solos tropicais”, parte do projeto “Sustentando a terra de baixo para cima.”, que visa aprimorar o modelo de valoração dos serviços ecossistêmicos de solos tropicais, através da troca de conhecimento com produtores no Brasil. O objetivo dos workshops é avançar nas atividades das etapas de trabalho do projeto, considerando: 1. Revisão sistemática sobre os serviços ecossistêmicos do solo em áreas tropicais e Brasil; 2. Avaliação dos serviços ecossistêmicos do solo, modelagem e valoração de experimentos com diferentes métodos de manejos de forrageiras e restauração florestal no Brasil e 3. Coleta, intercâmbio e disseminação de conhecimento na interface ciência-prática-políticas públicas. Nesse 3º workshop, o grupo de pesquisadores e colaboradores trabalhou na construção de  estratégias para a coleta de informações relativas ao conhecimento local sobre os serviços ecossistêmicos dos solos, na atualização sobre os instrumentos de políticas públicas relacionados aos serviços ecossistêmicos do solo, e disseminação para tomadores de decisão.   Além de alunos e professores da PUC-Rio, colaboram com o projeto pesquisadores da Embrapa Solos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), integrantes dos grupos de pesquisa “Gestão Integrada da Paisagem” e “Grupo de Estudos Interinstitucional em Serviços Ecossistêmicos”, entre outros. O projeto é coordenado pela professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio e coordenadora do CSRio, Agnieszka Latawiec, e tem apoio financeiro do Newton Fund através da Royal Society, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da PUC-Rio.

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Seminário CSRio – “Gestão da Água como Bem Comum”.

No dia 17 de outubro recebemos Adriana Bocaiuva, que apresentou o tema “Água como bem comum” , abordando gestão hídrica, legislação, Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) entre outros aspectos que envolvem o uso da água enquanto direito humano. Adriana Bocaiuva é doutora em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento do Instituto de Economia da UFRJ, Mestre em Engenharia Urbana Ambiental pela Technische Universität Carolo-Wilhelmina zu Braunschweig e PUC-Rio, membro do Observatório de Governança das Águas e do Comitê de Bacia da Baía da Guanabara. Assista à apresentação aqui: https://studio.youtube.com/video/v4b1uwdoh3A/edit Os encontros são abertos ao público, e o debate seguido da apresentação será conduzido de forma aberta e participativa. Não é necessária inscrição prévia. Informações: contato@csrio.org

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Seminário do CSRio recebe Luísa Côrtes

Seminário do CSRio recebe Luísa Côrtes

Na última semana de setembro, o seminário do CSRio recebeu Luísa Côrtes para apresentar o tema  “Veganismo: Hábitos alimentares, Estilo de vida e Práticas de Autocuidado”. Assista à apresentação pelo nosso canal https://youtu.be/D-9YNQM_LDQ Luisa Côrtes é Nutricionista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com parte da graduação na Universidad de Granada (Espanha). É pós graduada em Nutrição Clínica Funcional (VP Consultoria) e membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). Possui formação Internacional em Health & Wellness Coaching (Carevolution e Wellcoaches) e junto à sua atuação como nutricionista, também trabalha como professora de yoga (Yin Yang Vinyasa Yoga RYS 200), atende como terapeuta Thetahealer (DNA básico e avançado), reikiana e como astróloga holística. Luisa é vegetariana há 10 anos e vegana há 6, disseminando suas práticas e seu trabalho para as pessoas que buscam por esse estilo de vida, por autocuidado e autoconhecimento através da Na.Mandala (@na.mandala).  

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Seminário CSRio – Desafios e lições aprendidas com a agenda verde do Rio de Janeiro

Seminário CSRio – Desafios e lições aprendidas com a agenda verde do Rio de Janeiro

No dia 19 de setembro, recebemos a subsecretária de Conservação da Biodiversidade e Mudanças do Clima do RJ, Eline Martins, que apresentou o seminário “Desafios e lições aprendidas com a agenda verde do Rio de Janeiro”, no qual falou sobre os principais desafios da secretaria na agenda verde do estado, as prioridades da pasta e realizações, abordando ações como a implantação da Carteira de Restauração Floresta e fiscalização e combate ao desmatamento. Eline Martins é bióloga, mestre em Conservação e Doutora em Botânica, com foco em conservação da natureza. Antes de ingressar na SEAS, trabalhou por 9 anos no Centro Nacional de Conservação da Flora/Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, coordenando equipes multidisciplinares em diversos projetos que deram suporte à tomada de decisão e elaboração de políticas públicas federais e estaduais. Ao longo da carreira, desenvolveu inúmeros trabalhos técnicos e acadêmicos, que geraram diversas produções científicas.

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Seminário CSRio Soluções Baseadas na Natureza para os Desafios Contemporâneos nas Cidades

Seminário CSRio Soluções Baseadas na Natureza para os Desafios Contemporâneos nas Cidades

Na última semana de agosto recebemos Cecília Herzog  para apresentar o tema “Soluções Baseadas na Natureza para os Desafios Contemporâneos nas Cidades”. Cecília é paisagista urbana, professora da graduação e pós-graduação do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e coordenadora da pós-graduação em Paisagismo Ecológico: planejamento e projeto da paisagem, na PUC-Rio. Palestrante nacional e internacional, perita e consultora do ‘Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis’ do CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) e para o III Diálogo Setorial entre a Comunidade Europeia e o Brasil (MCTIC). Ainda é autora do livro ‘Cidades para Todos’: (re) aprendendo a conviver com a natureza. Como pesquisadora em temas que integram ecologia urbana com planejamento e projetos urbanos, seu campo de atuação tem abordagem interdisciplinar focado em Soluções baseadas na Natureza para cidades sustentáveis, resilientes e que oferecem alta qualidade de vida e bem-estar. Assista à palestra no nosso canal do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=LbIDO3GelsM

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Relatório Temático sobre Restauração de Paisagens e Ecossistemas – Sumário para Tomadores de decisão

Relatório Temático sobre Restauração de Paisagens e Ecossistemas – Sumário para Tomadores de decisão

Este Sumário para Tomadores de Decisão (STD) resume, de forma objetiva, o Relatório Temático “Restauração de Paisagens e Ecossistemas no Brasil”. O documento é fruto da parceria entre a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, da sigla em inglês) e o IIS, com o apoio do projeto da Cooperação Brasil-Alemanha TEEB Regional-Local: Conservação da Biodiversidade através da Integração de Serviços Ecossistêmicos em Políticas Públicas e na Atuação Empresarial. Criada em 2015, a BPBES dispõe do apoio financeiro do MCTIC3, via CNPq e da Fapesp, por intermédio do Programa Biota, além do apoio institucional da SBPC4, da ABC5 e da FBDS6. Para a confecção de seus relatórios temáticos, nos quais aprofunda temas urgentes levantados em reuniões com diferentes atores (governo, jornalistas, ONGs, empresários e indígenas) e apontados no Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, a BPBES estabelece parcerias específicas como essa com o IIS.

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Recuperação da vegetação nativa pode criar 2 milhões de empregos em dez anos

Recuperação da vegetação nativa pode criar 2 milhões de empregos em dez anos

Estudo mostra os benefícios socioeconômicos e ambientais do planejamento integrado da paisagem que concilia produção agrícola, conservação e restauração; além de reverter a degradação, processo aumenta a resiliência climática, assegura a presença de polinizadores – incrementando a produtividade agrícola nacional em até 90% –, e ainda fornece produtos madeireiros, frutos e bioativos florestais que diversificam o mercado e geram renda aos proprietários rurais Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2019 – A Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) e o Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) lançam hoje o sumário para tomadores de decisão do relatório temático “Restauração de Paisagens e Ecossistemas”. Elaborado por 45 pesquisadores de 25 instituições, incluindo o CSRio, o estudo reúne o conhecimento científico sobre iniciativas, práticas e políticas públicas que visam o uso mais sustentável do solo no Brasil, contribuindo diretamente para a mitigação das mudanças climáticas e o alcance de metas globais. O objetivo é informar governantes, empresários e demais gestores e lideranças, das esferas pública e privada, sobre o melhor caminho a ser seguido. Diante da crescente alteração de ambientes naturais por atividades humanas, a restauração de paisagens e ecossistemas tem se tornado prioritária em âmbito internacional. Tanto é que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o período entre 2021 e 2030 como a Década sobre Restauração de Ecossistemas. E, em meio a uma conjuntura crítica para a agenda ambiental brasileira, o documento da BPBES e do IIS apresenta dados e propostas para demonstrar o benefício mútuo entre produção agrícola, conservação e restauração. O estudo está sendo lançado em um momento oportuno: duas semanas após o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, ter divulgado um relatório especial que aborda as relações entre o uso da terra e as mudanças do clima, alertando para a importância de se combater o desmatamento, proteger os ecossistemas naturais e promover a recuperação da vegetação nativa. O Brasil perdeu 70 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 30 anos. Em sua maior parte, são terras abandonadas, mal utilizadas, em processo de erosão e que pouco agregam ao país. “Essas áreas não contribuem para a produção de alimentos, para qualquer outra atividade econômica e nem para os serviços ecossistêmicos. Sua restauração deveria ser uma prioridade nacional!”, pontua Bráulio Dias, professor da UnB e ex-secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU. O estudo observa que cada bioma e seu respectivo nível de degradação requerem métodos específicos de restauração ecológica para garantir melhor relação custo-eficiência, e detalha as técnicas mais indicadas para cada área, incluindo a condução da regeneração natural. Sinergia e interdependência – Segundo o documento, a restauração de paisagens e ecossistemas não compete com atividades agrícolas; ao contrário, são ações sinérgicas. O coordenador do relatório, Renato Crouzeilles, professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFRJ e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) na PUC-Rio e associado ao IIS, salienta que ciência e política andam juntas e se beneficiam. “O planejamento inteligente e o manejo integrado da paisagem levam a uma situação de ganha-ganha, onde ganha o meio ambiente, ganha a produção agrícola e ganha a sociedade”, explica. Na mesma linha, Ricardo Rodrigues, professor da Esalq/USP, onde coordena o Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf), e também um dos coordenadores do estudo, argumenta que agricultura e meio ambiente não são concorrentes e, sim, interdependentes. Por isso, devem ser abordados de forma conjunta, sob a ótica da ‘adequação ambiental e agrícola de propriedades rurais’, conceito que pratica há mais de 20 anos no Lerf, obtendo como resultado benefícios ambientais e produtivos. Para tanto, ele defende que o conhecimento científico precisa se aproximar da sociedade e a sociedade deve se apropriar melhor desse conhecimento. “Temos que quebrar essa barreira. Não podemos continuar gerando conhecimento de qualidade para nós mesmos, discutindo entre pares. Acredito que esse estudo é um instrumento interessante para essa aproximação”. Para Rodrigues, o diferencial da agricultura brasileira deveria ser a tecnologia de ponta, a alta produtividade e o baixo impacto ambiental, em um ambiente rico em biodiversidade e, portanto, com sustentabilidade ambiental e socioeconômica. Para que isso aconteça, na opinião de Crouzeilles é fundamental a conscientização do governo sobre a sinergia entre meio ambiente e agricultura, que pode levar à melhor qualidade ambiental, econômica e social, vitais para o enfrentamento das mudanças climáticas. “Restauração é a solução baseada na natureza com maior potencial de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, os quais, se não forem combatidos agora e com intensidade, levarão à perda de produtividade agrícola, à maior inequidade social e econômica e à destruição dos recursos naturais”, avalia. Bernardo Strassburg, professor da PUC-Rio, diretor executivo do IIS, coordenador do CSRio também coordenador do documento, ressalta ainda o enorme potencial da restauração ecológica para contribuir para o atingimento de múltiplos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, de forma custo-efetiva. “Além dos Objetivos relacionados à conservação da biodiversidade e mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a restauração pode apoiar significativamente os objetivos associados às seguranças alimentar, hídrica e energética, à redução da pobreza, geração de empregos e produção e consumo sustentáveis”. De acordo com o relatório, a restauração de paisagens e ecossistemas assegura a presença de polinizadores, que aumentam a produtividade das culturas agrícolas brasileiras em até 90%. “Cerca de 40% das culturas agrícolas do país têm redução de produção de 40-100% na ausência de polinizadores e, em outros 45% das culturas, a diminuição está entre 1-40%”, diz o texto. Ainda segundo o estudo, se bem planejada e implementada na paisagem, a restauração pode aumentar em mais de 200% a conservação da biodiversidade. Benefícios socioeconômicos – Além de reverter a degradação ambiental, devolvendo a funcionalidade dos ecossistemas, a recuperação da vegetação nativa também enseja oportunidades econômicas, de inclusão e redução das desigualdades sociais. “Estima-se a criação de 200 empregos diretos (por meio de coleta de sementes, produção de mudas, plantio e manutenção) a cada 1.000 hectares em restauração com intervenção humana. Dependendo do balanço entre recuperação com alta intervenção humana e condução da regeneração natural, projeta-se que entre 112

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Estudo inédito no Brasil revela como o biocarvão recupera pastagens degradadas, aumenta a produtividade agrícola e ajuda na preservação do meio ambiente

Estudo inédito no Brasil revela como o biocarvão recupera pastagens degradadas, aumenta a produtividade agrícola e ajuda na preservação do meio ambiente

Um estudo inédito no Brasil mostrou que a utilização do biocarvão ou biochar, produto resultante da pirólise (queima controlada de resíduos orgânicos)  pode ser a solução para a restauração de solos degradados, além de promover aumento de quase 30% na produção agrícola e de pastagens e contribuir para a preservação do meio ambiente. O resultado da pesquisa, que foi coordenado pela professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-RIO e  diretora do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e, Agnieszka Latawiec, foi tema do jornal  científica Scientific Reports, publicado pela   Nature Research,  nesta segunda-feira (19/08). Segundo o estudo, a aplicação do biocarvão em pastagens degradadas aumentou em 27% a produtividade de gramíneas forrageiras (braquiárias), aumentou a quantidade de macronutrientes, diminuiu a acidez do solo e  sequestrou carbono, contribuindo assim para a regulação do clima. Para a pesquisadora, que também é coordenadora do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) da PUC-Rio, a utilização do biocarvão traz inúmeros benefícios ambientais e potencialmente econômicos tanto para produtores agrícolas, quanto pecuaristas. “O Brasil é o segundo maior produtor de carne do mundo e projeta aumentar sua produção agrícola para atingir a primeira posição no ranking mundial. Mas a maioria das terras desmatadas no Brasil é ocupada por pecuária de baixa produtividade, onde mais de 70% das pastagens brasileiras são consideradas degradadas,  com menos de um animal por hectare. Esse é um dos principais motivos do desmatamento, da perda da biodiversidade e da emissão de gases do efeito estufa, que ocorrem quando os produtores buscam por novas terras para expansão agrícola e pecuária, com solos de melhor qualidade. A produção de biocarvão em larga escala seria uma boa solução para suprir essa demanda de produção de pasto e de outros tipos de cultivos e poderia ser realizada por processos industriais, como acontece em vários países na Europa, Estados Unidos e Austrália. A produção de biocarvão, nestes lugares é, inclusive, o resultado da forma como eles tratam seus resíduos orgânicos, produzindo energia e conciliando assim desenvolvimento econômico com a conservação do meio ambiente” , explica. Sequestro de Carbono Segundo a professora Agnieszka Latawiec, além do aumento da produção de alimentos, o estudo avaliou outro serviço ecossistêmico provido por solos tratados com biocarvão: o sequestro de carbono. A pesquisa mostrou que cada hectare fertilizado com biocarvão salvou 91 toneladas de Carbono Equivalente (CO2eq) como efeito poupa-terra e teve 13 toneladas de CO2eq sequestradas no solo, o que equivale a US$ 455 em crédito de carbono. “Se houver investimento em técnicas eficientes de produção de biocarvão,  como a criação de usinas para processamento dos resíduos, ou se os produtores que adotarem o biocarvão forem recompensados em esquemas como Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) ou de Agricultura de Baixo Carbono (como o Plano ABC), eles estarão preservando o meio ambiente ao mesmo tempo em que obtêm recursos para manutenção e aumento de sua produtividade. Assim, o biocarvão mostra-se como ferramenta promissora para melhorar a produtividade de pastagens, lavouras e conservar o meio ambiente”, destaca Latawiec, que cita o exemplo da Polônia, onde já existem usinas que produzem energia em fornos de pirólise para abastecer a população e fornecem o biocarvão como resíduo, com preço bastante competitivo quando comparado com outros insumos usados pelos agricultores. A pesquisa O biocarvão usado no experimento coordenado pela pesquisadora Agnieszka Latawiec foi produzido na Embrapa Agrobiologia, em Seropédica (RJ) e aplicado na “Fazendinha” uma área experimental localizada no bioma da Mata Atlântica em diversos tipos de cultivos: pastagens, milho, feijão e mudas nativas,. O que é o biocarvão ou biochar É o produto obtido por meio da queima controlada de resíduos orgânicos (por pirólise), como casca de coco ou galhos de árvores podadas. O biocarvão é misturado ao solo com objetivo de aprimorar sua composição e melhorar sua textura, ajudando na retenção de água e carbono, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa e em varios casos potencializando a produtividade. Assista abaixo um vídeo que mostra como o biocarvão é produzido em pequenas propriedades e suas vantagens para o pequeno produtor:  

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Aplicação de biocarvação melhora pastagens degradadas no Brasil: análise ambiental e do custo-benefício

Aplicação de biocarvação melhora pastagens degradadas no Brasil: análise ambiental e do custo-benefício

A maioria das terras desmatadas no Brasil é ocupada por pecuária de baixa produtividade. O biocarvão demonstrou melhorar as propriedades do solo e a produtividade agrícola quando adicionado a solos degradados, mas esses efeitos dependem do contexto. O impacto de biocarvão na produtividade de gramíneas forrageiras no Brasil  foi investigado a partir de perspectivas ambientais e socioeconômicas. Houve um aumento médio de 27% na produção de Brachiaria ao longo de dois anos.  A adição de biocarvão também aumentou o teor de macronutrientes, o pH do solo e a CTC. Cada hectare tratado com biocarvão economizou 91 toneladas de CO2eq através do efeito poupa- terra e 13 toneladas de CO2eq seqüestradas no solo, o equivalente a US $ 455 em pagamentos de carbono. O biocarvão pode melhorar a produtividade de pastagens degradadas no Brasil, se houver investimentos em técnicas eficientes de produção e sua aplicação for subsidiado por esquemas de incentivo à baixa emissão de carbono. Assista um vídeo sobre a produção doméstica de biocarvão no Brasil e suas aplicações e vantagens para os pequenos produtores:

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Novo estudo revela que a Mata Atlântica, apresenta as melhores oportunidades para a restauração de florestas tropicais em todo o mundo

Novo estudo revela que a Mata Atlântica, apresenta as melhores oportunidades para a restauração de florestas tropicais em todo o mundo

Pesquisadores apontam locais chave para a restauração de florestas tropicais em 66 países, onde as novas florestas proporcionariam os maiores benefícios para o clima, água e vida selvagem Em um artigo científico divulgado hoje pela revista Science Advances, uma equipe internacional de pesquisadores identificou mais de 100 milhões de hectares onde florestas tropicais foram desmatadas na América Central e do Sul, África e sudeste da Ásia, que apresentam as oportunidades mais convincentes de restauração para mitigar as mudanças climáticas, escassez de água e a extinção da vida vegetal e animal. Brasil, Indonésia, Madagascar, Índia e Colômbia têm a maior área acumulada de hotspots de restauração – áreas que maximizam os benefícios e viabilidade de restauração; Seis países africanos – Ruanda, Uganda, Burundi, Togo, Sudão do Sul e Madagascar – abrigam as áreas que apresentam as melhores oportunidades de restauração, em média. “Restaurar florestas tropicais é fundamental para a saúde do planeta, agora e para as próximas gerações”, disse o principal autor do estudo, Pedro Brancalion, da Universidade de São Paulo, Brasil. “Pela primeira vez, nosso estudo ajuda governos, investidores e outros que buscam restaurar florestas tropicais em escala global a determinar locais precisos onde a restauração de florestas é mais viável, duradoura e benéfica. Restaurar florestas é hoje imprescindível – e é factível ”. Os 12 autores do estudo da Science Advances, Global restoration opportunities in tropical rainforest landscapes, usaram imagens de satélite de alta resolução e as mais recentes pesquisas científicas sobre quatro benefícios da restauração (biodiversidade, mitigação e adaptação às mudanças climáticas e segurança hídrica) e três aspectos da viabilidade da restauração (custo, risco de investimento e a probabilidade de florestas restauradas sobreviverem no futuro) para atribuir uma pontuação de oportunidade de restauração a cada trecho de 1 quilômetro quadrado distribuído em toda a região tropical. Foram consideradas hotspots de restauração as áreas colocadas entre as 10% de maior pontuação dentre todas as avaliadas no mundo, o que significa que restaurá-las seria o mais benéfico e o menos dispendioso e arriscado. ● Os 15 principais países com a maior áreas de hotspots de restauração foram encontrados em todos os biomas ou zonas florestais tropicais: três nos Neotrópicos, cinco nos Afrotrópicos e sete na Indo-Malásia e Australásia. Os cinco países com maior área de hotspots de restauração são Brasil, Indonésia, Índia, Madagascar e Colômbia. Os seis países com a maior pontuação média foram encontrados na África: Ruanda, Uganda, Burundi, Togo, Sudão do Sul e Madagascar. “Ficamos surpresos ao encontrar tal concentração de países altamente classificados em um único continente”, disse a co-autora Robin Chazdon. “O estudo realmente destaca o alto potencial para resultados bem-sucedidos de restauração de florestas tropicais nesses países africanos.” Cerca de 87% dos pontos críticos de restauração foram encontrados em hotspots para a conservação da biodiversidade, áreas que mantêm altas concentrações de espécies não encontradas em nenhum outro lugar, mas que apresentam alto risco de serem destruídas pela ação humana. A Mata Atlântica foi o hotspot global para a conservação da biodiversidade com a maior área de hotspots para a restauração, destacando a grande oportunidade que este bioma apresenta para receber investimentos internacionais de restauração; Setenta e três por cento dos hotspots de restauração foram encontrados em países que assumiram compromissos de restauração junto ao Bonn Challenge, um esforço global para restaurar 150 milhões de hectares de paisagens florestais desmatadas e degradadas no mundo até 2020, e 350 milhões de hectares até 2030. “É encorajador que tantos hotspots da restauração estejam localizados em países onde a restauração de florestas e paisagens já é uma prioridade”, disse Brancalion. Na maioria dos casos, os hotspots de restauração se sobrepõem a plantações e pastagens atualmente em uso pelos agricultores. Como resultado, o estudo mostra que a restauração de florestas é mais viável em terras de baixo valor para a produção agrícola. Alternativamente, os pesquisadores argumentam que a restauração pode ser associada a formas de produção geradoras de renda, por exemplo, enriquecendo pastagens com árvores, colhendo produtos baseados na floresta, como madeira, e cultivando café ou cacau sob um dossel florestal. Quaisquer decisões sobre mudanças no uso da terra devem envolver totalmente as comunidades locais, uma vez que a restauração deve complementar ao invés de competir com a segurança alimentar e os direitos à terra. Em outros casos, esses hotspots incluem áreas abandonadas e degradadas ou terras públicas. “Identificar hotspots de restauração é uma abordagem crítica para informar políticas e ações sobre restauração de paisagens florestais em larga escala,” disse Renato Crouzeilles, professor vinculado do CSRio e um dos autores do artigo. “É uma grande oportunidade combinar ações de conservação e restauração em uma mesma área já que há mais de 85% de sobreposição entre hotspots de conservação da biodiversidade e de restauração”.

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Oportunidades globais de restauração em florestas tropicais paisagens da floresta tropical

Oportunidades globais de restauração em florestas tropicais paisagens da floresta tropical

Foram prometidos mais de 140 Mha a serem restaurados nos trópicos globais, ainda que seja necessária orientação identificar as paisagens onde a implementação é susceptível de proporcionar os maiores benefícios potenciais e resultados rentáveis. Ao sobrepor sete revisões recentes, identificamos oportunidades de restauração em paisagens de floresta tropical de várzea. Encontramos oportunidades de restauração nos trópicos. As áreas pontuadas nos 10% principais estão localizadas em grande parte dentro dos hotspots de conservação (88%) e nos países comprometidos com o Desafio de Bonn (73%), um esforço global para restaurar 350 Mha até 2030. No entanto, os pontos de restauração representam apenas uma pequena parte ( 19,1%) da área da Biodiversidade rede. Concentrar investimentos em restauração em paisagens com altos benefícios e viabilidade maximizaria o potencial de mitigar os impactos antropogênicos e melhorar o bem-estar humano.

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