O futuro dos solos brasileiros: fronteiras para a produção sustentável de alimentos aliada à mitigação das mudanças climáticas
O solo é a base para os sistemas de produção de alimentos e fornece uma série de outros serviços, como mitigação do clima, conservação da biodiversidade e recreação. Apesar de sua importância, os solos permanecem negligenciados e continuam a ser degradados em escala sem precedentes, comprometendo a segurança alimentar, principalmente para a parte mais vulnerável da sociedade. Para ajudar a minimizar e reverter a degradação do solo, este projeto tem quatro objetivos principais: i) identificar e avaliar criticamente o conhecimento disponível sobre o custo-benefício das estratégias de sequestro do carbono no solo em áreas de restauração florestal, agroflorestas sintrópicas e áreas em recuperação; (ii) monitorar e analisar o sequestro de carbono do solo em campo em três contextos diferentes; (iii) realizar um estudo de análise do custo-benefício da aplicação de biocarvão nas áreas previamente selecionadas; (iv) realizar ações de sensibilização, disseminação do conhecimento científico e de educação ambiental para público alvo, particularmente os jovens do estado do Rio de Janeiro, a partir do uso da arte, de eventos criativos e engajamentos ativos. Para tal, serão aplicadas e testadas abordagens inovadoras, que auxiliem na disseminação do conhecimento científico e a educação ambiental, a partir de uma ressignificação dos solos para as novas gerações, buscando alterar as concepções pré-estabelecidas sobre a temática, estimulando mudanças comportamentais a partir de novas técnicas de avaliação, uso e manejo sustentável do solo. Estágio: em andamento.
Read moreCarlos Alberto Scaramuzza
Biólogo e doutor em ecologia pela Universidade de São Paulo (USP), tem trinta e três anos de experiência profissional em conservação e uso sustentável da biodiversidade, desenvolvendo assessoria técnica, pesquisa científica e gerência de projetos. Com foco no estabelecimento de pontes entre a pesquisa técnico-científica e aplicações práticas, tem atuado na implementação de políticas públicas e gestão de projetos e programas. Suas áreas de conhecimento incluem a biologia da conservação, ecologia de vegetação e paisagem, biogeografia, dinâmica do uso das terras, aplicações de geoprocessamento e modelagem ambiental; ecologia de florestas tropicais, cerrado e campos. É também especialista e instrutor certificado em Padrões Abertos para a Prática da Conservação e Professor do Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade, do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC Rio, ligado ao Centro de Ciência em Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio). Entre as principais posições ao longo dessas décadas, destaca-se o período como pesquisador na EMBRAPA e os nove anos no WWF-Brasil, onde implementou e coordenou o laboratório de Ecologia da Paisagem e depois liderou a Superintendência de Conservação dos Programas Regionais e Temáticos. De maio de 2013 a dezembro de 2017, atuou como autoridade federal na Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, primeiro como diretor do Departamento de Conversação de Biodiversidade e de julho de 2015 em diante como responsável pelo novo Departamento de Conservação de Ecossistemas. No IIS desde 2019, tem atuado como diretor técnico a frente da área de Conservação e Restauração de Biodiversidade, coordenando projetos, inter alia, sobre politicas púbicas e implementação de restauração de ecossistemas; monitoramento de biodiversidade; boas práticas para biodiversidade nos setores de reflorestamento e mineração e gestão integrada da paisagem; litigância climática e modelagem ambiental. Conheça o Mestrado Profissional Ciência da Sustentabilidade
Read moreMariela Figueredo
Bióloga, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC – 2006), Mestre em Botânica (2009) e Doutoranda no Programa de Pós-graduação Profissional Biodiversidade em Unidades de Conservação, na Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Possui especialização em Gerenciamento de Projetos (Universidade Castelo Branco – 2013) e em Gestão de Pessoas (USP – 2021). Atua há aproximadamente 10 anos na coordenação e gestão de projetos socioambientais financiados por fundos nacionais e internacionais, com foco em conservação, restauração e desenvolvimento sustentável. Possui experiência na gestão de equipes, no desenvolvimento de projetos para captação, na articulação com stakeholders e estabelecimento de parcerias estratégicas institucionais, na implementação de melhorias nos processos de gestão de projetos e em políticas organizacionais, entre outros. É professora do Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), ligado ao Centro de Ciência em Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio), à frente da disciplina Gestão de Projetos Sustentáveis. Conheça o Mestrado Profissional Ciência da Sustentabilidade
Read moreRogério Oliveira
Rogério Oliveira fez a sua graduação em Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, o mestrado e o doutorado em Geografia na Universidade Federal do Rio de Janeiro e dois pós-doutorados; um em História Ambiental na Universidade Alpen-Adria, Áustria (2007) e outro em Arqueologia Histórica (2015) no Museu Nacional (UFRJ). Atualmente é Professor Associado aposentado do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio e membro do corpo docente do Programa de Pós Graduação em Geografia e do Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade, ambos da PUC-Rio. Foi membro do Mestrado Profissional em Engenharia Urbana e Ambiental da PUC-Rio/Universidade de Braunschweig e foi colaborador do Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais e Florestais da UFRRJ. Seu interesse maior é o estudo das interações entre sociedade e natureza ao longo do tempo. Suas pesquisas combinam as abordagens da Ecologia Histórica, da Arqueologia da Paisagem e da História Ambiental. É pesquisador sênior colaborador do Instituto Internacional para Sustentabilidade. Conheça o Mestrado Profissional Ciência da Sustentabilidade
Read moreAmanda Ronix
Amanda Ronix é graduada em Química Bacharelado pela Universidade Estadual de Maringá, Mestra em Química e Doutora em Ciências – área de concentração Química – pelo Programa de Pós-Graduação em Química da mesma universidade. Tem experiência na área de Química Analítica Ambiental, Química de Materiais, atuando principalmente na preparação, caracterização e aplicações sustentáveis de materiais carbonáceos como, biocarvões, hidrocarvões e carvões ativados a partir de resíduos de biomassa. No IIS atua como analista de dados relacionados ao sequestro de carbono no solo, recarbonização de solos, biochar e mercado de carbono.
Read moreEduardo Neto
Engenheiro Agrônomo, Doutor e Mestre em Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), tendo atuado como Professor no Departamento de Solos da UFRRJ, nas disciplinas de Aptidão Agrícola, Manejo e Física do Solo. Tem experiência em pesquisas sobre gênese e classificação de solos, manejo, conservação e carbono do solo. Participa de projetos de divulgação científica e metodologias educacionais para a Educação em Solos. Também possui pós-graduação lato sensu em Geologia do Quaternário pelo Museu Nacional – UFRJ, atuando em temas sobre relação solo-paisagem e análise do solo como registro de mudanças climáticas e ambientais. Participa de pesquisas interdisciplinares para sustentabilidade, com ênfase em carbono do solo, etnopedologia, serviços ecossistêmicos e uso sustentável da terra.
Read moreBruna Medeiros
Bruna é bióloga e mestre em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente, está cursando o doutorado em Ecologia nesta mesma instituição. Possui experiência em educação e gestão ambiental, atuando em organizações não governamentais e em parcerias público-privadas. Possui experiência na elaboração, coordenação e execução de projetos em áreas de alta vulnerabilidade socioambiental e é membro de uma ONG voltada para a educação ambiental, na qual integrou o corpo diretor. Possui habilidades no engajamento de atores, coleta de dados, revisão de literatura e ferramentas qualiquantitativas de análise. Sua pesquisa busca a compreensão da interface ciência-política em sistemas sócio ecológicos complexos e como a produção de conhecimento participativo pode estreitar esta interface aproximando a ciência à tomada de decisão e à formulação de políticas públicas. Como assistente de projetos e pesquisa do Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS) e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) articula e interage com atores para a execução de projetos, participa na logística de campo, atua na elaboração de projetos e no desenvolvimento de pesquisas.
Read moreJulia Venegas Claassen
Designer formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Rio) e Publicitária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sempre buscou participar de iniciativas relevantes para o desenvolvimento social e sustentável. Sua atuação em pesquisa teve início em nível médio, em 2015, com bolsa pibic júnior, com trabalhos apresentados na USP e na UFRJ. Em nível universitário, manteve seu interesse em pesquisa, apresentando resultados no congresso da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom. Foi extensionista de Design na Open Knowledge Brasil (OKBR), organização que promove o conhecimento livre e desenvolve ferramentas cívicas; e no Moboo, grupo de pesquisa sobre bicicletas de bambu e indústria 4.0. Liderou a equipe de criação como diretora de arte da ESPM Social, núcleo institucional da ESPM Rio que funciona como agência de voluntariado universitário. Participa do programa Canva Creator desde abril de 2021 e possui experiência nas áreas de design, redes sociais, marketing e inovação, tendo integrado a GAI – Gerência de Ambientes de Inovação da Casa Firjan. No IIS, atua como assistente de comunicação e design.
Read moreRelatório: Mapas Mentais sobre mudança de uso do solo no MATOPIBA
O presente relatório conclui a primeira fase do projeto “Incentivos e intervenções para políticas baseadas em comportamento para uma cadeia produtiva de soja livre de desmatamento e conversão no Cerrado”, o qual vem utilizando as ciências comportamentais para mapear critérios que influenciam as(os) produtoras(es) de soja na tomada de decisão quanto ao uso da terra no Cerrado para, a partir dos resultados sobre seus comportamentos, desenhar mecanismos que incentivem a conservação e restauração voluntária da vegetação nativa e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. Proprietárias(os) rurais são as(os) principais tomadoras(es) de decisões sobre o uso da terra. Essas decisões estabelecem a relação da produção agropecuária com o meio ambiente e determinam se a mesma será sustentável econômica, ambiental e socialmente, ou imediatista, acarretando impactos negativos na sociedade e no meio ambiente. Nesse contexto, e buscando alcançar os resultados propostos, o projeto prevê a execução de quatro fases: Avaliar o comportamento das(os) produtores(as) de soja no Cerrado para identificar as causas principais que influenciam a decisão sobre o uso das suas terras e desenvolver uma hipótese sobre as causas e motivações destes comportamentos. A partir dos resultados da fase 1, projetar incentivos e intervenções incorporando princípios da ciência comportamental para eliminar o desmatamento da cadeia de fornecimento de soja no Cerrado. Testar a aceitação das (os) produtoras(es) às soluções projetados para entender suas preferências e disposição a aceitar incentivos para conservação e restauração de vegetação nativa e até que ponto esses incentivos podem ser aprimorado por intervenções comportamentais, ao aplicar um experimento de escolha com agricultores. Analisar os custos e benefícios das soluções propostas e definir a operacionalização do incentivo para desenvolver um plano detalhado para sua implementação, ganho de escala e monitoramento. Informar políticas privadas, públicas e multilaterais sobre como implementar, ampliar e monitorar intervenções e incentivos baseados em comportamento para conservação, restauração ou expansão agrícola de soja neutra. Os resultados apresentados a seguir servirão como base para o desenvolvimento das próximas fases do projeto e, mais especificamente, subsidiarão a discussão entre produtoras(es) rurais, outros membros da cadeia produtiva da soja, especialistas em políticas (privadas, públicas e multilaterais) e cientistas comportamentais e ambientais na busca por soluções e incentivos para eliminar o desmatamento da cadeia de fornecimento da soja no Cerrado. Acesse o Sumário Executivo aqui.
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