Definição de metas ambiciosas para a biodiversidade e sustentabilidade
23/10/2020

A política global de biodiversidade está em uma encruzilhada. Recentes avaliações globais da natureza e do clima mostram tendências de piora e uma janela de ação que se estreita rapidamente. A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) anunciou recentemente que, das 20 metas de Aichi estabelecidas em 2010, apenas seis foram parcialmente alcançadas.

Diante desse cenário, as nações estão negociando a próxima geração de metas globais da CDB, a serem adotadas em 2021, e que enquadrarão as ações dos governos e outros atores nas próximas décadas. Em resposta às metas propostas no esboço do Quadro de Biodiversidade Global (GBF) pós-2020, foi solicitado aos negociadores que levantassem os três pontos que críticos, uma vez que os objetivos acordados são estabilizar ou reverter o declínio da natureza. Em primeiro lugar, o estabelecimento de múltiplos objetivos são necessários, em função da complexidade da natureza, que apresenta diferentes perspectivas – genes, populações, espécies, história evolutiva profunda, ecossistemas e suas contribuições para as pessoas – tendo diferentes distribuições geográficas assim como diferentes respostas aos direcionamentos humanos. Em segundo lugar, as interligações entre essas facetas significam que as metas devem ser definidas e desenvolvidas de forma holística, ao invés de isoladas, com potencial para avançar em várias metas simultaneamente e minimizar os trade-offs entre elas. Terceiro, apenas o mais alto nível de ambição ao definir cada meta e implementar todas as metas de maneira integrada dará uma chance realista de parar – e começar a reverter – a perda de biodiversidade até 2050.

Columns show different facets of nature and its contributions to people (NCP). Each cell shows a potential goal (in bold) at a particular level of ambition in attaining it, and some consequences of reaching it, including effects on the other facets of nature and NCP. Only the scenario in green would contribute substantially to “bending the curve” of biodiversity loss. See supplementary materials for further details.

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