Biocarvão aumenta produtividade do solo e promove sustentabilidade

Uso de biocarvão em pastagens para gado aumenta produtividade do solo e promove sustentabilidade, segundo estudo do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio). O biocarvão, obtido por pirólise da biomassa, é mais estável e emite menos carbono. Resultados do experimento realizado em uma fazenda no RJ mostraram ganhos de produtividade e potencial de receita adicional para os agricultores. O biocarvão também pode ser uma forma de sequestro de carbono e entrar no mercado de créditos de carbono. “O grupo controle reflete a maioria dos pastos hoje no Brasil. Os produtores não costumam usar potencializadores de solo, o que denota, normalmente, um pasto degradado”, explica Agnieszka Latawiec, professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio e Diretora de Ciência do IIS, coordenadora do estudo de campo que deu origem ao artigo. Matéria publicada no portal da Sociedade Nacional de Agricultura em 09 de junho de 2023.

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Conheça o biocarvão, que aumenta a produtividade do solo e a renda dos agricultores

Conheça o biocarvão, que aumenta a produtividade do solo e a renda dos agricultores

Um inovador experimento de campo em pastagens para gado utilizando o biocarvão, material rico em carbono obtido por um processo queima controlada de biomassa, mostrou o aumento da produtividade do solo, gerando um acréscimo potencial de receita anual para os agricultores envolvidos. O termo biocarvão é a fusão de duas palavras: biomassa e carvão. O trabalho foi conduzido por pesquisadores do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio), núcleo de pesquisa da PUC-Rio. Os resultados mostraram que o uso de biocarvão no tratamento de pastagens para gado aumentou a produtividade do solo, gerando um acréscimo potencial de receita anual para os agricultores envolvidos. Agnieszka Latawiec, professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio e Diretora de Ciência do IIS afirma que, quando comparada a queimadas sem controle, a técnica reduz a emissão de gases do efeito estufa. Matéria publicada no portal RuralNews em 09 de junho de 2023.

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Biocarvão aumenta produtividade do solo

Biocarvão aumenta produtividade do solo

Uso de biocarvão em pastagens para gado aumenta produtividade do solo e promove sustentabilidade, segundo estudo do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio). O biocarvão, obtido por pirólise da biomassa, é mais estável e emite menos carbono. Resultados do experimento realizado em uma fazenda no RJ mostraram ganhos de produtividade e potencial de receita adicional para os agricultores. O biocarvão também pode ser uma forma de sequestro de carbono e entrar no mercado de créditos de carbono. “O grupo controle reflete a maioria dos pastos hoje no Brasil. Os produtores não costumam usar potencializadores de solo, o que denota, normalmente, um pasto degradado”, explica Agnieszka Latawiec, professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio e Diretora de Ciência do IIS, coordenadora do estudo de campo que deu origem ao artigo. Matéria publicada no portal AGROLINK em 07 de junho de 2023. Acesse a matéria.

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Biocarvão aumenta produtividade do solo, renda de agricultores e sequestra carbono

Biocarvão aumenta produtividade do solo, renda de agricultores e sequestra carbono

Um inovador experimento de campo, conduzido por pesquisadores do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio), núcleo de pesquisa da PUC-Rio, mostra que o uso de biocarvão no tratamento de pastagens para gado aumentou a produtividade do solo, gerando um acréscimo potencial de receita anual para os agricultores envolvidos. “Para que a ciência seja de fato aplicada na agricultura, é preciso que as práticas de administração do solo sejam desenvolvidas em conjunto com as comunidades rurais”, ressaltam os pesquisadores no artigo. O estudo foi coordenado por Agnieszka Latawiec, do IIS e do CSRio (PUC-Rio). Colaboraram ainda para a pesquisa Embrapa Agrobiologia, Embrapa Solos, UFRRJ e Universidade do Estado de Santa Catarina. Matéria publicada no portal Planeta Campo em 07 de junho de 2023. Acesse a matéria.

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Biocarvão aumenta produtividade do solo, renda de agricultores e sequestra carbono

Um inovador experimento de campo, conduzido por pesquisadores do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio), núcleo de pesquisa da PUC-Rio, mostra que o uso de biocarvão no tratamento de pastagens para gado aumentou a produtividade do solo, gerando um acréscimo potencial de receita anual para os agricultores envolvidos. “Para que a ciência seja de fato aplicada na agricultura, é preciso que as práticas de administração do solo sejam desenvolvidas em conjunto com as comunidades rurais”, ressaltam os pesquisadores no artigo. O estudo foi coordenado por Agnieszka Latawiec, do IIS e do CSRio (PUC-Rio). Colaboraram ainda para a pesquisa Embrapa Agrobiologia, Embrapa Solos, UFRRJ e Universidade do Estado de Santa Catarina. Matéria publicada no portal Planeta Campo em 07 de junho de 2023.

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Biocarvão aumenta produtividade do solo

Uso de biocarvão em pastagens para gado aumenta produtividade do solo e promove sustentabilidade, segundo estudo do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio). O biocarvão, obtido por pirólise da biomassa, é mais estável e emite menos carbono. Resultados do experimento realizado em uma fazenda no RJ mostraram ganhos de produtividade e potencial de receita adicional para os agricultores. O biocarvão também pode ser uma forma de sequestro de carbono e entrar no mercado de créditos de carbono. “O grupo controle reflete a maioria dos pastos hoje no Brasil. Os produtores não costumam usar potencializadores de solo, o que denota, normalmente, um pasto degradado”, explica Agnieszka Latawiec, professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio e Diretora de Ciência do IIS, coordenadora do estudo de campo que deu origem ao artigo. Matéria publicada no portal AGROLINK em 07 de junho de 2023.

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Evento: “O futuro, hoje: caminhos para a sustentabilidade”

Evento: “O futuro, hoje: caminhos para a sustentabilidade”

O evento “O futuro, hoje: caminhos para a sustentabilidade” reuniu convidados experientes de diferentes setores para debater conceitos, estratégias, ações práticas e resultados de temas como ESG, economia circular, mercado de carbono, inovações para a sustentabilidade, restauração de ecossistemas e o ativismo da juventude na causa ambiental. Seu intuito foi refletir sobre caminhos que vêm sendo percorridos em busca de um futuro mais sustentável e discutir sobre quais passos ainda são necessários para realmente completarmos esse percurso. O encontro aconteceu no dia 05 de junho de 2023, data em que o Dia Mundial do Meio Ambiente completou 50 anos engajando milhões de pessoas em atividades em prol do meio ambiente. A conversa foi realizada no auditório do 3º andar do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com transmissão simultânea para acompanhamento dos interessados impossibilitados de comparecer presencialmente. A iniciativa foi organizada pelo Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade em parceria com o Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio). Assista à gravação do evento abaixo: – Participantes Paulo D. Branco Paulo é Mestre em Administração de Empresas com especialização em Sistemas de Informação. É Diretor Adjunto do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), fundador-associado do Instituto Fronteiras do Desenvolvimento e sócio-fundador da Ekobé, uma das primeiras consultorias brasileiras especializada em sustentabilidade corporativa. Tem contribuído para a integração de princípios e práticas do desenvolvimento sustentável na estratégia de diversas organizações nacionais e multinacionais, como Natura, Banco Real/Santander, Alcoa, Arcelor Mittal, Banco Itaú, Nokia e Instituto Ethos. Sandro Damásio Sandro Damásio possui graduação em Engenharia Civil pela UERJ, especialização em Engenharia de Fundações onshore e offshore pela UFRJ/COPPE e em Economia, Gestão em Energia pela UFRJ/COPPEAD, além de ser Mestre em Ciência da Sustentabilidade pela PUC-Rio. Atualmente é Gerente de Sustentabilidade na Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobras. Tem experiência em Gestão Empresarial, com ênfase em Sustentabilidade, Gerenciamento de Projetos e Geração de Energia Elétrica. Bernardo Baeta Neves Strassburg Bernardo é economista com doutorado em Ciências Ambientais. Atualmente, é professor do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio, presidente do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e fundador e co-CEO da re.green. Apoia políticas públicas de governos locais e nacionais e organismos multilaterais como as Convenções de Biodiversidade e de Mudanças Climáticas da ONU e o Banco Mundial, além de organizações do terceiro setor. Anna Carolina Aguiar Anna Carolina é Bióloga e Ph.D. em Ecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. No momento, é docente permanente do Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade da PUC-Rio e é pesquisadora pós-doutoranda na Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros, uma parceria do Museu do Amanhã (IDG) e da UFRJ. Hoje sua pesquisa se volta para os futuros de ecossistemas, restauração ecológica de áreas impactadas por mineração e o estudo de neoecossistemas. Agniezka Latawiec | Moderadora Agnieska é doutora em Ciências Ambientais, professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio, coordenadora do Centro de Ciência da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) e Diretora de Ciência do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS). Sempre interessada em aspectos sociais da gestão da terra, participa e lidera diversos projetos relacionados às mudanças no uso da terra e modelagem. – Realização Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio) – Apoio Departamento de Geografia e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS)

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Seminário CSRio: Biodiversidade da Mata Atlântica: usos medicinais e gastronômicos

Seminário CSRio: Biodiversidade da Mata Atlântica: usos medicinais e gastronômicos

Neste seminário CSRio, Jorge Ferreira apresentou seus saberes sobre os usos alimentícios e medicinais das plantas da Mata Atlântica. Jorge é agrofloresteiro, botânico autodidata e profundo pesquisador da biodiversidade brasileira. Filho de agricultores, dedica-se à divulgação de ingredientes brasileiros e ao seu resgate cultural, compartilhando seus aprendizados por meio de trabalhos como consultorias e vivências. 📅 A conversa foi realizada quinta-feira (11/05), às 17 horas, no auditório Padre Anchieta, localizado na PUC-Rio. Assista à gravação abaixo:

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Seminário CSRio: “Até O Rio tá Triste”: a história ambiental do Rio Suruí pela perspectiva dos pescadores artesanais de Magé (RJ)

Seminário CSRio: “Até O Rio tá Triste”: a história ambiental do Rio Suruí pela perspectiva dos pescadores artesanais de Magé (RJ)

Nesse seminário CSRio, Carla Lubanco apresentou os resultados de sua dissertação de mestrado, a qual teve como objetivo a interpretação da paisagem do Rio Suruí a partir de uma reconstituição da história ambiental participativa. A história ambiental da região revela as injustiças ambientais sofridas pelas suas comunidades tradicionais pesqueiras, cujos segmentos mais vulneráveis são expostos a sérios riscos ambientais. Carla é gestora ambiental formada pelo IFRJ, mestre em geografia pela PUC-Rio e analista ambiental do PEA-BG (Projeto de Educação Ambiental da Baía de Guanabara). Sua apresentação contou com a moderação de Agnieszka Ewa Latawiec, coordenadora do CSRio, e Rodrigo Penna-Firme, professor de graduação e pós-graduação do departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio. A conversa foi realizada no dia 27/04 (quinta-feira), às 17 horas, no auditório Padre Anchieta – térreo do edifício Cardeal Leme, localizado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Assista à gravação da conversa:

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Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade abre terceira e última chamada

Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade abre terceira e última chamada

O primeiro mestrado profissional em Ciência da Sustentabilidade do Brasil abre terceira chamada para sua próxima turma, a ser iniciada em agosto de 2023. Com a nova turma já confirmada, estas serão as últimas vagas oferecidas. Inspirado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o curso busca a interação entre as ciências naturais, sociais, humanas e tecnológicas e oferece capacitação aos profissionais das mais variadas áreas que queiram atuar no desenvolvimento de soluções sustentáveis aplicadas. Seu oferecimento é resultado de uma parceria do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio com o Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e o Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do Rio (CSRio). A ciência da sustentabilidade é uma nova área que pressupõe uma ética intergeracional e não-humana. Este campo se caracteriza pelo encontro dos conhecimentos sociais, econômicos e ambientais e pela transdisciplinaridade presente na interação entre saberes científicos e tradicionais. O curso provê oportunidades de aprendizagem e fornece ferramentas para o entendimento das dinâmicas entre sistemas humanos e naturais, além de preparar os alunos para o desenvolvimento de projetos customizados relacionados aos grandes temas da sustentabilidade, tais como: Desafios globais e locais do Antropoceno, incluindo mudanças climáticas, a crise da biodiversidade e dos oceanos; Interdependência e sinergias entre meio ambiente e problemas sociais como pobreza, desigualdade e saúde; Biodiversidade e serviços ambientais aliados à redução de pobreza e melhoria da saúde; Indicadores de desenvolvimento e sustentabilidade; Estratégias, processos e metodologias aplicadas à sustentabilidade corporativa; Acordos, leis e políticas públicas socioambientais globais, regionais, nacionais e sub-nacionais; Planejamento integrado do uso da terra (conservação, restauração, agricultura e pecuária sustentável); Cidades sustentáveis e infraestrutura verde; Economia da sustentabilidade: fundamentos e ferramentas; Inovações tecnológicas setoriais visando transição para baixo-carbono, incluindo energias renováveis, agricultura de baixo carbono e transportes. O corpo docente é formado por pesquisadores e profissionais renomados atuantes em instituições públicas, privadas e do terceiro setor de relevância global no cenário do desenvolvimento sustentável. Os coordenadores são Agnieszka Latawiec (IIS/PUC-Rio/University of Agriculture – Polônia) e Rogério de Oliveira (PUC-Rio). Saiba mais e inscreva-se até 2 de julho no site www.mestradosustentabilidade.com

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Seminário CSRio: Como a ciência cidadã pode ajudar a criar um sistema alimentar sustentável?

Seminário CSRio: Como a ciência cidadã pode ajudar a criar um sistema alimentar sustentável?

No primeiro seminário CSRio de 2023, evento que também marcou o início da próxima turma do Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade, foi debatida a importância da ciência cidadã para o desenvolvimento sustentável, especificamente no contexto dos sistemas alimentares. Erasmus zu Ermgassen e Vivian Ribeiro, co-fundadores da ferramenta “do Pasto ao Prato“, um aplicativo no qual os usuários podem contribuir para a identificação da origem da carne e compreender os impactos sociais e ambientais associados àquele produto, foram os palestrantes desse encontro. Após uma breve introdução sobre o tema, as lições aprendidas na construção do aplicativo foram apresentadas. Em seguida, foram abordados os desafios e oportunidades relacionados ao engajamento dos consumidores, assim como os próximos passos previstos pela iniciativa envolvendo pesquisa e ciência cidadã. A conversa foi realizada no dia 20/03, às 19 horas, no auditório Padre Anchieta, localizado na PUC-Rio. Assista à gravação no link: Seminário CSRio: Como a ciência cidadã pode ajudar a criar um sistema alimentar sustentável? – Sobre os participantes • Erasmus zu Ermgassen Pós doutorando em agronegócio internacional (UCLouvain, Bélgica), Doutor em pecuária sustentável (Universidade de Cambridge, RU), e Graduação em ciência veterinária (Universidade de Cambridge, RU), Erasmus zu Ermgassen é um pesquisador na iniciativa Trase e o cofundador do aplicativo ‘do Pasto ao Prato’, responsável pela coordenação geral do projeto. A pesquisa dele tenta melhorar nosso entendimento sobre o comércio e financiamento de commodities que estão impulsionando o desmatamento, e através da transparência incentivar uma cadeia de alimentos mais ética e sustentável. Tem artigos científicos publicados em jornais incluindo PNAS, Science Advances, Global Environmental Change, e Nature Sustainability, e aparece em jornais como El País, O Estadão e o New York Times. • Vivian Ribeiro Vivian é uma pesquisadora e cientista de dados no Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI). Ela lidera o trabalho de análise de indicadores para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos na iniciativa Trase e é o cofundador do aplicativo ‘do Pasto ao Prato‘, responsável pela coordenação técnica do projeto. Vivian tem mais de uma década de experiência pesquisando a implementação de políticas públicas ambientais, iniciativas privadas para promover o uso sustentável, e dinâmicas de uso e cobertura da terra. Vivian é formada em biologia pela Universidade de Goiás (BSc, 2012) e em ecologia pela Universidade de Brasília (MSc, 2014; PhD, 2018). Tem artigos científicos publicados em jornais incluindo Science, Global Environmental Change, PNAS e Land Use Policy.

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O Cerrado visto de um 4×4

O Cerrado visto de um 4×4

Matéria publicada originalmente por Cíntia Borges no site do Land Innovation Fund O que leva os produtores rurais de uma das regiões de maior produtividade agrícola do país a tomar decisões sobre o uso de suas terras? E quais fatores são determinantes na hora de escolher expandir a lavoura ou conservar voluntariamente uma área de vegetação nativa em uma propriedade privada? Intitulado “Ciências comportamentais aplicadas à cadeia da soja sustentável”, o projeto coordenado pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e executado em parceria com o Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade da PUC-Rio (CSRio), com o apoio do Land Innovation Fund, propõe-se a ouvir os produtores rurais da fronteira agrícola do Matopiba para entender quais critérios são utilizados para a adoção de boas práticas agrícolas no campo. A primeira etapa do projeto já foi cumprida: a pesquisadora Fernanda Gomes e o assistente de campo Wallas Calazans percorreram mais de 15 mil km em um 4×4 por áreas de bioma Cerrado dos quatro estados brasileiros – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que formam o acrônimo Matopiba – para entrevistar 60 produtores da região. Os dados servirão de base para um estudo inédito de ciência comportamental para o mapeamento de incentivos financeiros e políticas públicas que dialoguem com anseios, necessidades e desafios dos produtores rurais da fronteira agrícola que mais avança sobre áreas de vegetação nativa no país. O resultado da análise será publicado ainda no primeiro semestre de 2023. Foram utilizados dados e mapas da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do projeto MAPBIOMAS e da Agrosatélite para o mapeamento inicial e identificação dos municípios prioritários para visita de campo entre os 337 que compõem a região, a partir de três critérios de corte:  a) a área de excedente de reserva legal disponível por município; b) a taxa de conversão de cobertura natural para usos antrópicos nos últimos cinco anos; c) as características de solo e de clima que influenciam a aptidão para o cultivo da soja na região. O trabalho de campo foi realizado em três viagens, organizadas por regiões: na primeira, em setembro, os pesquisadores partiram de Barreiras, na Bahia, e chegaram à metade do Estado do Piauí, de onde retornaram para o oeste baiano. Na segunda, em outubro, Fernanda e Wallace visitaram o norte e a região central do Maranhão, onde conversaram com produtores de soja, além de pecuaristas e pequenos agricultores de culturas variadas, numa região com excedente de vegetação nativa e com alta aptidão para o cultivo da soja.  E na terceira, entre novembro e dezembro de 2022, o foco foi o Tocantins, com idas pontuais à Bahia e ao Sul do Maranhão. Mas o planejamento inicial não foi suficiente para alcançar a meta de localizar e entrevistar 60 produtores rurais da região.  “Tentamos fazer contato prévio com pessoas conhecidas ou indicadas por terceiros, mas não conseguíamos marcar as visitas com antecedência. Às vezes os compromissos com o plantio não permitiam, noutras o proprietário não estava na fazenda”, explica Fernanda. “Então mudamos a abordagem: mapeamos por satélite onde estavam as fazendas de soja, dentro do município-alvo do nosso trabalho, e começamos a bater na porta de cada um deles. A dificuldade foi encontrar o proprietário, que muitas vezes estava na cidade ou em outra propriedade. Mas quando encontrávamos, era raro alguém se recusar a falar conosco”, completa. DIÁRIO DE BORDO:               Cruzando estradas vicinais em condições precárias e até pistas de motocross, os pesquisadores ultrapassaram fronteiras cartográficas e quebraram resistências individuais dos produtores rurais – dos mais ocupados aos mais desconfiados – para realizar as entrevistas. Ao longo do percurso, abordaram mais de 200 fazendeiros, para registrar em texto o resultado de longas conversas com 60 deles, e em áudio as impressões pessoais que tiveram depois de cada encontro e entrevista realizadas. Receberam inúmeros convites para um café com prosa ou para um almoço, além de valiosas dicas de viagem para ultrapassar estradas de terra batida que nem aparecem no mapa. E conheceram de perto a diversidade – e a realidade – do bioma Cerrado no Matopiba, cruzando veredas e chapadões, além de áreas de mata fechada, próximas à floresta Amazônica, e outras semiáridas, já na interseção com a caatinga. Com 91% de sua área coberta pelo bioma Cerrado, o Matopiba registra índices crescentes de conversão de vegetação nativa em áreas agrícolas, em especial para o cultivo de soja. De 2000 a 2019, a área dedicada à sojicultura no Matopiba cresceu 4,3 vezes, respondendo por 23% da produção do grão em todo o bioma Cerrado.  Há ainda outros 10 Mha de vegetação nativa com alta aptidão para a agricultura sob risco de desmatamento na região. Estudos apontam para o risco de até 34% do Cerrado remanescente ser convertido em área agrícola até 2050, com destaque para a região do Matopiba. “Precisamos criar condições para conciliar a vocação agrícola do Matopiba com a conservação ambiental e a restauração de áreas degradadas. Sabemos que a ocupação de áreas de pastagens, por exemplo, é um dos caminhos possíveis para conter o crescimento do cultivo do grão sobre áreas de Cerrado, e que mecanismos financeiros podem estimular a ampliação de práticas sustentáveis no bioma. O projeto do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) é fundamental para entendermos o perfil do proprietário rural e pensarmos em soluções de inovação em diálogo com as necessidades locais”, afirma Carlos E. Quintela, diretor do Land Innovation Fund. Para a abordagem com os produtores, Fernanda usou a trajetória pessoal como cartão de visita e motivação para a pesquisa: como muitos fazendeiros da região, Fernanda nasceu no Paraná, filha de gaúchos produtores de soja. Comunicóloga e designer de formação, com mestrado em ciência da sustentabilidade e uma graduação a caminho em ciências biológicas, a pesquisadora usou o histórico familiar e o interesse pessoal como passaporte para apresentar a pesquisa, e convencer os produtores a compartilhar impressões, expectativas e planos para o futuro. Os dados foram coletados em caráter privado, a partir de questionários unificados, e serão utilizados

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